GUIA DOS ALIMENTOS VEGETAIS
(JEAN-CLAUDE RODET. Tradução para o português de Ângelo Rocha e Manuela Rocha). Ed. Gradiva, 6ª edição.
Para quem faz questão de uma boa alimentação seguida à risca ou, como dizem os portugueses, “by the book”, este livro é mesmo imprescindível. O Guia dos Alimentos Vegetais é um manual que descreve, entre frutas, legumes, ervas aromáticas e condimentos, cereais, leguminosas e oleaginosas, frutos secos, bebidas e outros, as qualidades alimentares, as virtudes terapêuticas, os problemas de saúde que podem melhorar com o consumo de cada alimento, o modo de consumo de cada um deles e a sua conservação.
É um guia bem completo para quem gosta de saber exatamente o que está comendo e para o que cada alimento faz bem. O livro traz, ainda, no final, um capítulo que descreve, em tabelas, os alimentos que servem de “medicamentos” para várias patologias.
Vou vos deixar aqui alguns exemplos do livro:
Alho Francês – É anti-séptico, antianémico e galactogénico. Contém vitaminas B e C, é hipotensor, activa a transpiração e é recomendado para fazer baixar a febre. Dentre os problemas de saúde que podem melhorar com o consumo do alho francês estão a obstipação, a hipertensão, a infertilidade, náuseas, prolapso rectal entre outros.
Grão de Bico – Além de ser rico em proteínas, tem um bom teor de cálcio, magnésio, potássio, ferro, fósforo e zinco. É diurético, o que permite a eliminação do ácido úrico. É dotado de virtudes vermífugas (parasitas intestinais) e pode melhorar estados de infeção urinária, cólica nefrítica, dores de garganta, constipação, faringite e rinite. É contraindicado em casos de colite.
Como última informação, o livro traz, ainda, um breve resumo sobre a “Lei das Assinaturas” e sobre a “Teoria da Similitude” que, resumidamente falando, partem do princípio que a forma das plantas nos indica que tipo de doença cura, por sua similitude com o órgão doente. Já pararam para pensar sobre isto? A similitude, também de um modo bem resumido, assenta no princípio de que semelhante cura semelhante.
Para quem estuda macrobiótica, como eu, isto faz todo o sentido. Não só para nós, é claro, mas quem estuda a fundo a função de cada alimento no nosso corpo – e mente – este é um assunto super interessante e fabuloso!
Já repararam como uma fatia de cenoura se parece com a íris do olho? Ou como uma noz se assemelha a um cérebro? OU como um grão de feijão se assemelha a um rim? E como a cor da beterraba se assemelha a cor do sangue? E o figo, que se assemelha aos testículos e o abacate ao útero?
Nada disso é por acaso. E é por isso que cada vez mais devemos adotar a premissa de que “os alimentos são os nossos remédios”. Procurar se alimentar de acordo com a necessidade de cada parte de nós nos torna uma pessoa mais forte por inteiro, por dentro e por fora.
Recomendo muito este livro que mora na minha cozinha! E tenho certeza de que vocês vão adorar também!!